$1959
imperial cs go jogos,Interaja com a Hostess Bonita em Tempo Real e Receba Comentários Ao Vivo, Transformando Cada Jogo em Uma Experiência Cheia de Emoção e Surpresas..Anha já era paróquia antes da construção do Mosteiro Beneditino de São Romão do Neiva, cuja primeira igreja é de cerca do ano de 1022.,Já lá vai passado mais de meio século. Na Serra D’Arga e seus contrafortes proliferavam grandes e numeroso rebanhos de gado lanígero. Os povos rurais de então dedicavam-se à criação de gado, ao pastoreio a à agricultura. Foi dos rebanhos que proveio a principal fonte de receita, a lã, e foi esta que mais incentivou o nascimento de uma indústria artesanal de fiação e tecelagem.O sistema usado era então muito primitivo, hoje obsoleto. A fiação era à roca, a tecelagem no tear doméstico individual. À fiação dedicavam-se, por tradição, as mulheres que fiavam à noite sentadas à lareira. Era fascinante ver a perícia e destreza com que dedilhavam o fuso onde a maçaroca crescia de minuto a minuto. Depois tecia-se. A tecelagem era muito diversificada: provém aqui, interessa-nos a fraldilha e o burel.A urdidura em linho ou algodão cruzada com a lã negra dava a fraldilha: cruzada com lã branca dava o burel. Aquela usava-se em roupas de trabalho: este em mantas e cobertores.Depois de tecidos iam ao Fulão.Este, era uma fábrica antiga, rudimentar, mas forte. Compunha-se de uma armação sólida onde eram suspensos por dois tirantes verticais, dois malhos de carvalho maciços com o peso aproximado de 40 kg cada um.Esta máquina era accionada por uma roda hidráulica exterior cujo eixo se prolongava para o interior ao nível do pavimento onde duas penas ou alhetas accionavam os malhos por meio de impulsos de recuo, voltando estes, por efeito da gravidade a cair para a pia, onde produziam o efeito desejado. Era na pia ou masseira que eram colocadas as teias para afuloar. Estas não eram ali postas ao acaso: eram previamente dobradas em leque sobre uma prancheta, antes de introduzidas na pia. Esta condição permitia uma afuloadura mais homogénea em toda a superfície das teias.Na afulvadura eram ministradas caldas intervaladas iam da água tépida à fervente para o que havia uma fornalha com uma tina ou caldeira para o efeito.Os intervalos entre as caldas consecutivas podiam ser variáveis, de 15, 20 ou até 30 minutos conforme o caso. Os efeitos do Fulão sobre ostecidos eram apreciáveis: regularizava e apertava a malha tornando-os mais grossos, macios e homogéneos. Usada em roupas de trabalho, a fraldilha marcava, então uma feição bem típica e curiosa no folclore da região.Nas décadas de 1930 e de 1940 os serviços florestais apoderam-se dos montes e baldios: faziam sementeiras proibiam o pastoreio e aos infratores aplicavam coimas pesadas. Um grito de revolta ressoou por toda a serra. Os pastores e ganadeiros vêem-se frustrados e caem no desânimo: é o descalabro: a lei é irreversível, e essa atividade tão ligada à sua vida à sua tradição e à sua cultura, essa indústria artesanal e tão popular morria, a par da extinção dos rebanhos.Num ato de homenagem a esta indústria que lhe deu a vida, o Fulão, morre com ela calando para sempre o “bate-ba-te” dos seus malhos..
imperial cs go jogos,Interaja com a Hostess Bonita em Tempo Real e Receba Comentários Ao Vivo, Transformando Cada Jogo em Uma Experiência Cheia de Emoção e Surpresas..Anha já era paróquia antes da construção do Mosteiro Beneditino de São Romão do Neiva, cuja primeira igreja é de cerca do ano de 1022.,Já lá vai passado mais de meio século. Na Serra D’Arga e seus contrafortes proliferavam grandes e numeroso rebanhos de gado lanígero. Os povos rurais de então dedicavam-se à criação de gado, ao pastoreio a à agricultura. Foi dos rebanhos que proveio a principal fonte de receita, a lã, e foi esta que mais incentivou o nascimento de uma indústria artesanal de fiação e tecelagem.O sistema usado era então muito primitivo, hoje obsoleto. A fiação era à roca, a tecelagem no tear doméstico individual. À fiação dedicavam-se, por tradição, as mulheres que fiavam à noite sentadas à lareira. Era fascinante ver a perícia e destreza com que dedilhavam o fuso onde a maçaroca crescia de minuto a minuto. Depois tecia-se. A tecelagem era muito diversificada: provém aqui, interessa-nos a fraldilha e o burel.A urdidura em linho ou algodão cruzada com a lã negra dava a fraldilha: cruzada com lã branca dava o burel. Aquela usava-se em roupas de trabalho: este em mantas e cobertores.Depois de tecidos iam ao Fulão.Este, era uma fábrica antiga, rudimentar, mas forte. Compunha-se de uma armação sólida onde eram suspensos por dois tirantes verticais, dois malhos de carvalho maciços com o peso aproximado de 40 kg cada um.Esta máquina era accionada por uma roda hidráulica exterior cujo eixo se prolongava para o interior ao nível do pavimento onde duas penas ou alhetas accionavam os malhos por meio de impulsos de recuo, voltando estes, por efeito da gravidade a cair para a pia, onde produziam o efeito desejado. Era na pia ou masseira que eram colocadas as teias para afuloar. Estas não eram ali postas ao acaso: eram previamente dobradas em leque sobre uma prancheta, antes de introduzidas na pia. Esta condição permitia uma afuloadura mais homogénea em toda a superfície das teias.Na afulvadura eram ministradas caldas intervaladas iam da água tépida à fervente para o que havia uma fornalha com uma tina ou caldeira para o efeito.Os intervalos entre as caldas consecutivas podiam ser variáveis, de 15, 20 ou até 30 minutos conforme o caso. Os efeitos do Fulão sobre ostecidos eram apreciáveis: regularizava e apertava a malha tornando-os mais grossos, macios e homogéneos. Usada em roupas de trabalho, a fraldilha marcava, então uma feição bem típica e curiosa no folclore da região.Nas décadas de 1930 e de 1940 os serviços florestais apoderam-se dos montes e baldios: faziam sementeiras proibiam o pastoreio e aos infratores aplicavam coimas pesadas. Um grito de revolta ressoou por toda a serra. Os pastores e ganadeiros vêem-se frustrados e caem no desânimo: é o descalabro: a lei é irreversível, e essa atividade tão ligada à sua vida à sua tradição e à sua cultura, essa indústria artesanal e tão popular morria, a par da extinção dos rebanhos.Num ato de homenagem a esta indústria que lhe deu a vida, o Fulão, morre com ela calando para sempre o “bate-ba-te” dos seus malhos..